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‘Setor privado tem pressa, tem propostas e quer investir’

Presidente da FIESC proferiu palestra, nesta segunda-feira (29), na reunião plenária da Associação Empresarial de Itajaí


Itajaí, 01.3.2016 – Com forte tendência de repetir o que foi o ano passado, 2016 será desafiador, afirmou o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, aos empresários de Itajaí nesta segunda-feira (29). Em palestra na reunião plenária da Associação Empresarial da cidade, o industrial ressaltou que “o setor privado tem pressa, tem propostas, quer realizar, quer investir”. Ele disse que a superação da crise econômica que o país enfrenta implica em ações para eliminar entraves da atividade empresarial. Mas enfatizou que “o atual governo está se mostrando incapaz, até agora, de encaminhar e tomar medidas que possam estimular a retomada do crescimento da economia. Nenhuma medida foi proposta pelo governo que pudesse representar uma alternativa de saída mais rapidamente da crise”.

O presidente da Federação das Indústrias salientou que as estimativas apontam para uma retração de 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2015, desempenho que pode se repetir em 2016, caso não sejam adotadas as medidas de estímulo ao crescimento econômico. Como exemplo de ações positivas para a economia, ele citou mudanças na taxa de juros, burocracia, relações de trabalho, entre outros itens. Côrte mencionou as 15 propostas que a FIESC apresentou ao vice-presidente da República, Michel Temer, em evento na sede da Federação no mês de fevereiro passado.

Glauco José Côrte entende que a burocracia tomou conta do Poder Público em todas as esferas – municipal, estadual e federal. “O governo se tornou refém de si mesmo”. Segundo ele, são tantas normas, que o próprio governante não tem condições de agilizar dos processos. O empresário comentou casos emblemáticos, como o de uma indústria do Oeste de Santa Catarina, com a estrutura montada há seis meses e que não obtém licença para operar, e de outra empresa de Itajaí que demorou três meses para regularizar a documentação referente à mudança de endereço. “É tão complexo e tão sofisticado que não pode ser obra do acaso”, falou.

Na palestra, Côrte ainda fez um balanço do ano de 2015, destacando para a gravidade de algumas situações, como a queda do nível de emprego. “Devemos estar hoje com cerca de 10 milhões de trabalhadores desempregados e se não conseguirmos em médio ou curto prazo reverter isso há um risco de uma instabilidade social. A face mais perversa deste momento ruim da economia, sem dúvida, é o desemprego, com a queda acentuada no poder aquisitivo das famílias”, argumentou.

Para o presidente da Federação das Indústrias, “apesar de todas as dificuldades, o industrial mantém a energia vital, aquela que faz com que ele continue investindo, acreditando que é possível melhorar, voltar a crescer e gerar empregos”. No seu entendimento, “não podemos permitir que a crise paute a nossa agenda. Se a nossa agenda for pautada pela crise, não vamos sair dela. Temos que ter uma pauta que olhe para frente”, destacou. “Não devemos ignorar a crise, ela existe e é grave. Mas temos condições de vencê-la, com trabalho, desde que o governo – em seus três níveis – não atrapalhe demais e deixe a iniciativa privada tomar suas decisões, fazer investimentos. Se isso acontecer, vamos criar as condições para que Santa Catarina e o Brasil saiam mais rapidamente da crise”, acrescentou.


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