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Opinião: O novo ensino médio, por Glauco José Côrte

Confira artigo do presidente da FIESC, publicado nos jornais Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina no sábado, dia 15 de outubro

Os resultados desanimadores do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015, recentemente divulgados, deixam claro que a educação brasileira precisa mudar. No ensino fundamental houve um pequeno avanço. Já no ensino médio o resultado ficou estagnado em 3,7, abaixo da meta de 4,3.

Estudos e pesquisas com jovens brasileiros mostram, de forma recorrente, a falta de interesse pela escola, a defasagem entre o ensino e a sua realidade,  o excesso de disciplinas e a baixa qualidade da educação. O resultado aparece nos indicadores de desempenho, como o citado acima.

Diante desse contexto,  está mais do que na hora de se pensar numa concepção inovadora  para a educação, iniciando pelo ensino médio, que é a etapa mais crítica, com novo currículo, novo modelo pedagógico e formação integral do estudante, estruturada na ciência, na cultura e no trabalho, para atender as necessidades dos jovens e do Brasil do século XXI.

Desde 2008 o Ministério de Educação  vem desenvolvendo estudos sobre a reestruturação e expansão do ensino médio, trabalho que resultou na Medida Provisória 746.  Dentre as vantagens do modelo proposto estão a flexibilização da matriz curricular do ensino médio, de acordo com o perfil do aluno; e a oferta de formação profissional, permitindo ao estudante escolher o itinerário que deseja seguir, a partir do seu projeto de vida.

Trata-se de uma oportunidade de valorização do ensino técnico, fundamental para o futuro dos jovens e para o desenvolvimento do País. Segundo pesquisa da New Media Consortium, apenas 13% dos jovens brasileiros de 15 a 19 anos fazem cursos técnicos, enquanto na União Europeia, por exemplo, esse índice é de 50% (fonte: Centro Europeu para o Desenvolvimento da Educação Profissional). A oferta de formação profissional, concomitante com o ensino médio, abre a possibilidade de colocar o Brasil em linha com os melhores sistemas educacionais do mundo.

Claro que a proposta pode e deve ser aprimorada, mas a lógica da MP do Ensino Médio vai na direção certa. A escola precisa ser mais atrativa e  mais dinâmica, para formar profissionais e cidadãos mais preparados para um mundo em permanente transformação.

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